sábado, 17 de janeiro de 2009

LIDERANÇA UM PROCESSO CONTÍNUO DE APRENDIZAGEM

Neste artigo apresento meu interesse por esse tema, manifestando dúvidas e traçando comparações de autores, tanto conceitual quanto de experiências por eles vividas, busco trazer este conteúdo para nossa realidade na Fanor com intuito de oferecer sugestões para o crescimento da instituição, desta forma faço citações de ações que abriram meus horizontes em relação à liderança e a barreiras que limitam pessoas e setores em uma mesma empresa, cito alguns autores que modificaram minha maneira de pensar e despertaram atitudes antes não tomadas por falta de conhecimento na área de gestão.Que papel exerce o líder em uma empresa? O que é necessário para ser um líder? Essas questões e muitas outras me despertaram curiosidade no ano de 2000, quando tive a oportunidade de realizar um curso na área de gestão. Esse momento foi divisor de águas em minha carreira, primeiro e importante paradigma quebrado foi à visão de liderança sistêmica como fonte de desenvolvimento de empresas. Até então eu tinha como conceito a figura do líder super-herói, o indivíduo que já nasceu para mandar e estar à frente resolvendo e superando adversidades. Mas qual seria essa visão sistêmica desse novo líder? Poderíamos ter como resposta: tornar as pessoas entusiasmadas e focadas na missão e valores da empresa. Segundo Peter Senger em: A Quinta disciplina, os líderes são responsáveis por construir organizações onde as pessoas expandem continuamente suas capacidades de entender complexidades, esclarecem visões e aperfeiçoam modelos mentais compartilhados. Ainda segundo Peter Senger, são “projetistas” que tem profunda satisfação em dar autonomia aos outros. Mas como deve ser realizada a escolha desses projetistas? Segundo(BUCKINGHAAM,M,1999), o administrador também devem ter excelente desempenho como “catalisadores”, o autor afirma que o administrador deve ser capaz de executar extremamente bem quatro atividades: Selecionar uma pessoa, fixar expectativas, motivar a pessoa e desenvolver a pessoa. Necessariamente o líder é o administrador? Em uma mesma equipe pode-se ter mais de um líder? Constatamos que todos devem estar comprometidos com a visão da empresa e compartilhando os valores. Peter Druck relata que o conjunto de quatro valores são essenciais para as empresas serem bem-sucedidas, são: o compromisso com a mudança constante, o reconhecimento de que os valores financeiros não são tudo que importa, a aceitação da responsabilidade pessoal pelos resultados obtidos e a tendência para a ação. Se formos traçar uma comparação entre os valores da Fanor e os citados pelo autor, temos a clara convicção que estamos no caminho do crescimento, construindo expectativas, incansáveis em melhorar equipes e resultados. Talvez seja este momento para analisar nossos pontos fracos e de quem é este papel? De um só indivíduo que esteja na liderança? A busca por respostas sempre nos traz questionamentos que devem ser compartilhados por todas as pessoas da equipe, desta forma eliminamos a burocracia e valorizamos o tempo um do outro e assim, resolveremos problemas antes mesmos deles chegarem ao administrador.Um segundo paradigma quebrado em minha vida profissional são as fronteiras delimitadas em uma organização, em nossa formação na área da saúde os papeis são previamente estabelecidos e a flexibilidade pouco trabalhada, desta forma o profissional da saúde fica em um pedestal e longe dos colaboradores da instituição, construindo um colapso. “Só os que sentirem à vontade além dos muros poderão assumir a liderança nos anos que virão” (Peter Druck,2000), o autor coloca-se favorável a dissolução de fronteiras e afirma está ocorrendo uma mudança econômica profunda, passando de uma economia industrial para uma economia baseada em conhecimento. Acredito que este deve ser o novo passo nesse processo de crescimento na Fanor, o administrativo ou o acadêmico quem é mais importante? Quem pensa e quem executa? Temos que ter discernimento das diferentes personalidades e buscar identificar essas diferenças almejando a quebra de barreiras e valorizar a autoconfiança das pessoas, mantendo diálogos ou mesmo discussões construtivas, voltadas para valores e ações da empresa.Conhecer melhor o papel de um líder abriu horizontes ao mesmo tempo em que nos mostrou o quanto é importante estimular pessoas e desenvolver a autoconfiança, dissolver as fronteiras entre pessoas e setores da empresa procurando manter uma comunicação direta e contínua. O líder deve ser “Projetista” e “Catalisadores” ele deve ter um olhar cuidadoso e ao mesmo tempo saber escolher as pessoas para fazer parte deste projeto, deve ainda estimular o compromisso e principalmente a paixão pelo projeto e assim, transformar atitudes que sejam construtivas em ações positivas para a empresa e para as pessoas que dela fazem parte.

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