domingo, 22 de março de 2009

Nos últimos dias encontrei uma relíquia que há muito tempo não tinha lido, uma pasta com contos e poesias que escrevi entre meus 13 aos 17anos, vai ser legal relembrar e muito mais dividir com meus amigos.
Vejam algo escrito em 1986, ainda morando no Crato.

O homem busca o sonho, navegando por lágrimas
Os mares divergem diante esperanças
A natureza por um fio de fumaça
Não vejo o céu, mesmo assim procuro ver a vida
Às vezes penso que a vejo como poeta
Pobre de mim. Busco apenas imagens
Afinal, minha vista também está embaçada

O homem busca sair, mas são tantas as portas
Pobres rugas tão bem acentuadas
São marcas de quem muito viveu
São certezas de que vale apena sonhar
Podendo registrar a sua caminhada
Vivendo entre aplausos e vaias
Marcas a cada palmo de chão
Pobre de mim quase sem marcas
Afinal, muito chão ainda tenho a caminhar

O homem busca realizar-se
Tantas decepções, tantas emoções
Uma busca quase infinita
A razão da vida são os sonhos
São as portas abertas da realização
São lágrimas e risos
São verdades esquecidas enquanto há sombra
Pobre de mim em busca de um dia de sombra
Busco a verdade da realização
Afinal sou jovem, talvez o próprio amanhã
Perco-me em labirintos de dúvidas
Pois posso ser mais que o amanhã, posso ser o hoje

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